Apreciação de Miguel Estima
Depois de Joy, este disco entra num universo mais complexo e livre ao mesmo tempo. Com os companheiros desta já longa jornada Alfonso Calvo no contrabaixo e o exímio LAR Legido na bateria, contado ainda com a participação especial de Xosé Miguélez no saxo tenor. Um disco que vive de uma experiencia colectiva muito rica, onde o free jazz colide com o swing, numa ambivalência que perdura no tempo, como um malte acastanha ao longo dos anos no barril.
É neste respirar denso que se vive em Santiago que tão bem sentimos logo dos primeiros acordes, e que na audição ao longo dos sete temas, vão acontecendo flutuações, que por vezes transmitem uma quebra, mas bem conseguida. “O lutador cego”, é certamente um ponto de quebra de rotinas e de um jazz levezinho, porque nem todo o jazz é fácil de ser ouvido e de nos agarrar à primeira audição.
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