sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Guimarães Jazz 2016 - Report



Texto e Fotos de Miguel Estima
Decorreu na cidade berço de cinco a 19 de Novembro a vigésima quinta edição do festival de Jazz. Um dos melhores certames de jazz da península ibérica, o que satisfaz e muito aos jazzistas do norte de Portugal e sul da Galiza, principalmente.
Como habitualmente, existiam mais de uma mão cheia de propostas para os três fins de semana em que decorreu o certame. Na falta de oportunidade de ir a todos os concertos, a escolha passou por ver três excelentes concertos. No dia dez o San Francisco Jazz Collective, no dia 17 AmbroseAkinmusire e no dia 18 o DonnyMcCaslin.


Comecemos, então, pelo colectivo de San Franscisco, que vieram a Guimarães tocar uns temas próprios e mais umas reinterpretações de Miles Davis. Desta última parte pouco parecida com o original, de tal transformação que sofrera. O colectivo fundado por Joshua Redman, um músico quase residente do festival de Guimarães, veio abrir as hostilidades para um bom serão de jazz com toque americano.
 Se existe uma tendência mais ou menos casual nos concertos que assisto é a qualidade dos “metálicos”. A minha segunda oportunidade em Guimarães foi com o quarteto de Ambrose Akinmusire. O nova-iorquino considerado uma das novas referências do jazz americano, dotou o grande auditório do Centro Cultural Vila Flor de dinâmica mais rejuvenescida do jazz contemporâneo. 

No final deste concerto ainda me desloquei até ao Café-Concerto para assistir à JAM ou diria concerto da americana JamieBaum em formato quarteto. Refiro-me a concerto, já que tocaram mais de uma hora, temas da própria Jamie. Findo do qual a invasão do palco fez-se por excelentes músicos da Ibéria com o Iago Fernandez na bateria, Ricardo Toscano no saxofone e Mané Fernandes na guitarra.
 A terminar de forma mais radical a minha experiência deste certame, fui ao concerto do Donny McCaslin Quartet. Quarteto que esteve na gravação do último disco de David Bowie – Black Star. Para além de um tema deste disco, a brilhante actuação ficou marcada pelo esotérico jazz, com toque de eletrónica/rock ao longo de todo o concerto, num  misto de duelo/rivalidade entre o saxofone e os teclados, a misturar o baixo elétrico com pedais de efeitos e a bateria. Uma fusão que deixou a assistência em apoteose. 

Um certame a ter em conta anualmente, que nos brinda com o melhor do jazz que é feito internacionalmente e que dificilmente o encontramos por estes lados. Que venham pelo menos mais vinte e cinco edições deste festival de Jazz.

Foto-reportagem completa na página de facebook d'A Certeza da Música

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