quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Guimarães Jazz 2014 1# - Report

O Miguel Estima anda a acompanhar esta edição do Guimarães Jazz e permitiu-me partilhar aqui as suas imagens e impressões, espero que gostem:




O Guimarães Jazz 2014 arrancou na passada terça-feira, com a homenagem ao compositor Português André Fernandes. Mas só na quinta-feira dia 7 de Novembro é que se deu a grande abertura do certame com o concerto de David Murray com os Infinity Quartet no Grande auditório do Centro Cultural Vila Flôr. Murray tem uma longa e distinta carreira no jazz como sax tenor, com uma obra composta por cerca de duzentos álbuns, demonstra uma abordagem eclética e vanguardista do jazz, exprimida não apenas em termos das linguagens musicais que nela confluem, mas também pelo facto de se aventurar por outros territórios artísticos como o cinema, a dança, o teatro e a ópera.
No concerto veio acompanhado dos Infinity Quartet, sem o Marc Cary no piano. Banda fundada em 2013 e integra três excepcionais instrumentistas do jazz contemporâneo: Nasheet Waits na bateria, Jaribu Shahid no contrabaixo e Orrin Evans no piano. Neste projeto, Murray, explorou as raízes do jazz americano, explorando e redescobrindo a sua modernidade musical, encantando de uma forma brilhante o público presente neste primeiro grande concerto do Guimarães Jazz.

O segundo dia de concertos no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor foi palco para o artista James Quarter, acompanhado de Gerard Gibbers no Hammond B3 e Leonard King na bateria. Um trio com órgão, saxofone e bateria, é uma das formações mais simples que se pode ter e ser muito semelhante a uma big band em formato mini. Sons que nos transmitem verdadeiras sensações de películas de suspense monocromáticas ao bom estilo dos anos 60, sendo uma constante surpresa a sonoridade seguinte.
Os temas são carregados de simbolismo americano da velha cidade de Detroit. Tecnicamente irrepreensível, Carter é transversal ao longo do concerto, com momentos densos e profundos, sempre brilhantemente acompanhados pelo som do Hammond de Gibbers. Um concerto que ficou marcado pela boa disposição dos músicos, deixando a plateia extasiada fazendo os mais cépticos acreditar que estavam perante um dos maiores fenómenos do jazz de Detroit.

Na sexta a festa continua com Lee Konitz no Grande Auditório do CCVF a partir das 22h
Depois o Miguel conta como foi.

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