terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bons Sons 2014 - Epílogo

Está na hora da escrever o epílogo desta magnífica edição do Bons Sons, as emoções foram tantas que tinha ainda muito mais destaques sobre aquilo que vi e senti, mas decidi rematar tudo o que resta num texto final.


Não podia terminar sem falar do meu reencontro com os Osso Vaidoso, agora no formato de banda completa que além da Ana Deus e do Alexandre Soares, conta agora com o Gustavo Costa na Bateria e o Henrique Fernandes no Contrabaixo. Poesia Sónica a rodos, ainda por cima com o Alexandre a estrear uma guitarra nova que muita alegria lhe estava a dar.
Foi fantástico ver a alegria de todos em palco e o gosto com que estavam a mostrar o seu novo formato. O disco novo já deve estar na calha e é aguardado por mim e muitos dos seus admiradores com muita expectativa.
No último dia, uma das actuações e “meia surpresa” de sonho, veio das Sopa de Pedra. O meu amigo Luís Fernandes pintou-me um quadro tal, sobre um concerto delas a que tinha assistido que eu até estava com medo de as ver, para não me vir a desapontar. Mas qual quê, mesmo com as expectativas em alta, a actuação delas foi tão boa que as ultrapassou rapidamente. Isto para não falar do belíssimo momento em que a Amélia Muge subiu ao palco para cantar dois temas com elas. Foi tudo bom de mais!
Segundo sei, até ao fim do ano também vai aparecer um disco destas princesas que em palco eram nove, mas que normalmente são dez a encantar de uma forma inesquecível, todos os que têm a sorte de as ver e/ou ouvir.
Vi o meu primeiro concerto de Amélia Muge quando ela veio lançar o seu primeiro álbum “Múgica” ao Auditório do ISCA de Aveiro, no ido ano de 1992. Passados todos estes anos, voltar a vê-la em Cem Soldos, ainda por cima num palco tão distinto, como é o Giacometti, foi uma alegria imensa. A sua voz, a forma como nos conta as canções e a forma como as canta, acompanhada por um génio do piano, deixaram-me a pensar que o tempo não passou por ela, e ainda bem. Bonito foi também o momento em que ela retribuindo o convite, trouxe as Sopa de Pedra que são suas indefectíveis admiradoras e não conseguiram esconder a emoção de estar num grande palco com a sua inspiradora e quase mentora.
Por fim tenho que destacar também o concerto do Enorme Sérgio Godinho que aumentou a tónica de Liberdade nesta “coisa” de viver a Aldeia. Nem uma queda inusitada lhe quebrou o ânimo e deu um grandessíssimo concerto. O susto, apanhei eu quando vi o homem que deu nome a este blog a cair desamparado à minha frente. Se eu já o admirava, agora admiro ainda mais.
Foram quatro dias daqueles que se desejam que durem para sempre. Viver a aldeia é algo que fica entranhado no nosso ser.
Agora é só esperar que venha a próxima edição.
Viva o Bons Sons!
Podem reviver sempre estes dias nos álbuns que publicados na página de facebook deste blog.

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