sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Festival de Vilar de Mouros - Dia 1 - Report


Ontem e após um interregno de mais de oito anos, Vilar de Mouros voltou a ter o Festival de Música, desta vez organizado pela Fundação AMA Autismo.
Este regresso que se saúda vem ainda associado a uma causa nobre, pois as receitas destinam-se a angariar fundos para a construção do primeiro Edifício Multifuncional pensado e adequado à valorização e apoio da pessoa com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) e suas famílias.


A abrir os concertos no palco secundário denominado este ano de palco história, estava o Caminhense Paulo Baixinho, acompanhado dos The Soul Brothers, que aqueceu o ambiente com as suas sonoridades mais jazzisticas em fusão com o soul.
Uma performance de pouco mais de meia hora mas merecedora de grande atenção por parte do parco público presente dada a hora a que se realizou.
 A continuação esteve a cargo dos Youthculture, uma formação de reggae, que encheu o recinto com uma grande dose de boa vibração.
A boa disposição imperou e os ritmos dançáveis penetraram em todos os cantinhos da assistência.
Eram 19h em ponto quando o palco principal começou os concertos com a banda de Lisboa – Capitão Fausto. Estes jovens músicos têm dado que falar nos últimos tempos, pela sua simplicidade com que abarcam os temas e energia contagiante!
Era o pontapé de saída para a festa que se iria estender pela noite dentro. Vilar de Mouros é revivalismo e também é intervenção!
 E nada melhor para sublinhar isso que os Trabalhadores do Comércio. Com temas lendários e transversais a várias gerações, foram eles que fizeram vibrar a ainda parca assistência para uma boa dose de bom humor com sabor a Norte!

A Noite ia a meio quando os Blind Zero entraram em palco. O concerto da tour de comemoração dos 20 anos de carreira, começou da melhor forma com um dos grandes temas da banda “Shine On”.
Daí em diante foi um desbravar de hits que fazem parte de um percurso crescentes de uma das bandas rock mais carismáticas do Porto.
Se os Blind Zero tocaram o “tainted love” tema imortalizado pelos SoftCell no início dos anos oitenta, altura do disco sound na sua pujança, criaram a vibração mais dançante para os La Union.
O grupo espanhol transformou o recinto numa grande pista de dança com os seus temas mais mexidos. Precursores do movimento New Wave espanhol. Para quem não conhecia ficou encantado, para quem já os conhecia confirmou que estava perante grandes senhores da cultura de nuestros hermanos.
Claro que o “Lobo Hombre em Paris” foi uivado da melhor forma em Vilar de Mouros.
A fechar este primeiro dia de concertos estavam os UB40. O grupo que já havia estado em Vilar de Mouros, regressou ao lendário festival, para o concerto mais aclamado da noite.
Foi durante a sua performance que o recinto estave mais composto. Foi uma hora e meia do melhor do reggae-pop.
Estes rapazes de Birmingham que visitaram Portugal duas vezes este ano, vieram a terceira vez a Vilar de Mouros, mostrar como se faz um longo percurso no panorama da música actual. O ritmo manteve-se animado para um público sedento de festa.
Hoje os concertos começam às 17h com Trio Págu e Budda Power Blues, continuando depois no palco principal com José Cid às 19h, Blasted Mechanism às 21h, os The Stranglers às 22h30 e a fechar o Pedro Abrunhosa às 23h45.

Texto e Fotos de Migeul Estima

Sem comentários: