terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Miguel Calhaz - Estas Palavras


O disco já saiu quando o ano de 2012 terminava, chegou-me recentemente às mãos, mas acho que, para falar de bons discos, vou sempre a tempo. Até porque, dada a intemporalidade deste disco, não é preciso estar preso a qualquer timing mais ou menos comercial.
A primeira vez que dei pelo Miguel, tocava ele num projecto da d’Orfeu que muito me agradava e que tinha o nome de Cantautores. Fui um dos privilegiados que os viram a tocar no Festival Sons em Trânsito que decorreu no Teatro Aveirense em Novembro de 2003. Mais tarde reencontrei-o a tocar na banda do Rui Oliveira, outro grande músico da nossa praça, e fiquei contente quando vi que o Miguel também fazia parte dos Contracorrente, entretanto também sei que faz parte dos Trilhos, grupo que ainda não tive o prazer de ver ao vivo.
Eu conhecia apenas duas canções ou três de Estas Palavras e ouvi-las ao vivo é sempre diferente do que está no disco. Mas agora que já o ouvi várias vezes, fico com toda a liberdade de dizer que este disco está muito perto da perfeição. Quer pelas palavras que lá estão escritas, quer pela beleza da música que se ouve. As músicas e letras são todas de sua autoria, mas para passar tudo a disco, teve a colaboração do Marco Figueiredo ao piano, Rita Marques na voz, João Gentil no Acordeão e Leandro Leonet na bateria. O resultado desta junção de tanta gente boa é um disco inesquecível.
Nele é cantada a paixão, o amor que se perde e serve para partir em procura de outro, canta-se a saudade, a esperança no futuro e também é descrito o país em que vivemos.
São onze belíssimas canções que vão enchendo a “Alma” de quem tem o prazer de as ouvir. Este é seguramente um daqueles discos que ficam para toda a vida e, se eu fosse religioso, diria que é pecado não haver um na casa de cada amante de música que se preze.


A pontuação que dou ao disco, logicamente, é EXCELENTE!

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