terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Origem

Quando quero dar referências sobre o nome do meu blog costumo dizer: "lembraste da canção do Sérgio Godinho onde ele fala na certeza da música e pronto ", por vezes nem me lembro que nem toda a gente conhece a canção que abre o disco "Domingo no Mundo", de seu nome "Ser ou não Ser", e que refere a Certeza da Música.
Hoje descobri esta faixa no youtube onde se pode ouvir a dita canção, pena que não é um video mesmo, mas o som está muito bom.

Foi daqui que veio a inspiração para o nome.
Aproveito para falar do resto do disco que foi editado em 1997 e que, para mim, foi responsável pela "modernização" do Sérgio Godinho.
Os temas do disco falam de problemas como a mão-de-obra infantil, a droga, a sida, as fases da adolescência, o quotidiano, a pobreza e o amor, só como o Sérgio sabe fazer.
Nele colaboram músicos como Kalu (Xutos), Manuel Faria (ex-Trovante), Nuno Rafael (Peste e Despe & Siga), os Rádio Macau, José Mário Branco e João Aguardela (Sitiados), entre outros.
Este, para mim excelente disco, foi fruto de uma criação em colectivo onde vários destes elementos fizeram arranjos para cada uma das canções que têm letra e música da autoria do Sérgio, excepto "Mesa" com letra de Alexandre O'Neill e "Os Afectos" com música de Jorge Constante Pereira.
Talvez por isso, quando se ouve na sua totalidade, fica a ideia de um certo desequilíbrio, por ter quase uma música de cada género, pois ouvem-se sons mais contemporâneos a "andar" entre o rock e as batidas "sampladas", outros mais populares e tradicionais, como em "Aguenta Aí" que tem os arranjos de Aguardela e ainda outros que contêm apenas percussão e violinos, como é o caso de "As Armas do Amor".
O que é certo é que mesmo com esse "desequilíbrio", foi a partir deste disco que passámos a ter o Nuno Rafael, a tempo inteiro a tocar e a criar com o Sérgio.
Passámos também a ter o Sérgio a cantar em quase todas as semanas académicas do País e a ficar completamente "na moda" entre uma faixa etária que praticamente não o ouvia.
Para ilustrar a tal "modernidade" de que falei, deixo o tema que deu nome a este disco e que fala de trabalho infantil.

Alinhamento do Disco é: Ser ou não Ser, Não Respire!, Correio Azul, Domingo no Mundo, As Armas do Amor, É a Vida(o que é que se há-de fazer?), Mesa, Lamento de Rimbaud, Os Afectos, Aguenta Aí, Dias Úteis.
Quando puderem oiçam-no e atestem da sua, infelizmente nalguns casos, actualidade.

1 comentário:

Sandra disse...

Adoro Sérgio Godinho!!! Adoro...pronto só isso